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Cultura da Violência e Juventudes

 

O segundo dia do seminário que ocorreu nos dias 20 e 21 de outubro de 2010 na Câmara de Vereadores de Esteio, “Violências Sociais - Quais os seus reflexos para a criança e o adolescente?” contou com a participação de Miriam Abramovay, socióloga, coordenadora do Departamento de Pesquisa e Formação da Rede de Informação Tecnológica Latino Americana (RITLA), quem palestrou sobre o tema “Cultura da Violência e Juventudes” e “Juventude e a violência urbana”.

Foram abordados no seminário algumas das razões da violência na juventude, sendo que não há dúvida de que vivemos épocas difíceis, nas quais a violência permeia os espaços que frequentamos e em que convivemos. Os jovens são os mais atingidos, em nossa sociedade, pela violência.

Segundo o Mapa da Violência, do ano 2010, 2/3 de nossos jovens morreram por causas externas e o maior responsável foi o homicídio, principalmente nas capitais brasileiras. O Mapa da Violência de 2004, por exemplo, mostra que a taxa de homicídios dos jovens em 1993 era de 34,5 em 100.000 habitantes, enquanto que em 2002 elevou-se para 54,7. Se a análise é realizada por raça/cor. Enquanto que a dos jovens negros é de 68,4 por 100.000 habitantes de jovens brancos é de 39,2. 

Algumas razões apontadas para o aumento da violência entre a juventude Foram:

1- Aumento do acesso a armas;

2- Banalização da criminalidade;

3- Violência policial;

4- Aumento e ampliação do mercado de drogas.

5- Cultura consumista, causa de frustração e expectativas não satisfeitas. Vivemos em uma sociedade de consumo ostentatória que suscita no conjunto das juventudes aspirações e frustrações, no seio de uma sociedade que apresenta fortes desigualdades sociais.

Michele e Amaro

Nos últimos anos, a condição juvenil foi prolongada, tanto pela maior permanência no sistema educacional como pela dificuldade de ingressar no mercado de trabalho e com isso adquirir autonomia e independência econômica, inclusive para a constituição de nova família (UNESCO, 2004).

Os jovens encontram-se em uma etapa de construção de sua identidade, buscam sua autonomia, são gregários, procuram galeras, turmas. Eles vivem em constante movimento, são ávidos para conhecer, provar o novo, consumir, aprender. Vivem momentos de encantamento e desencanto com a nossa sociedade, vivenciando hostilidades, falta de compreensão, ambientes ríspidos.

O que necessitam é segurança, estímulo, sentimentos de confiança na nossa sociedade, conhecimento, pertencimento e fazer-se escutar.

A proporção da atual população jovem a nível mundial que hoje chega à cerca de 1,7 bilhões de jovens, e que enfaticamente nos países em desenvolvimento reúnem 85% dessa população mundial; torna-se fundamental reconhecer a necessidade de um projeto de vida específico inclusivo para os jovens.

Há cinco elementos cruciais para a definição da condição juvenil em termos ideais objetivos, (UNESCO, 2004):

1. A obtenção da condição adulta, como uma meta;

2. A emancipação e a autonomia, como trajetória;

3. A construção de uma identidade própria, como questão central,

4. As relações entre gerações, como um marco básico para atingir tais propósitos.

5. As relações entre jovens para modelar identidades, ou seja, a interação entre pares como processo de socialização.

Os jovens possuem uma importância crucial para o entendimento das sociedades modernas, o seu funcionamento e suas transformações. Entender a juventude é compreender a própria modernidade em diversos aspectos como a arte, a cultura, o lazer e o consumo, entre outros.

Mas o que é ser jovem na nossa sociedade, qual a situação dessa vasta camada da população, tão escondida até recentemente e descoberta em função de suas transgressões, de denúncias sobre o seu comportamento, de comentários sobre sua forma de vestir, de falar, sobre seus piercings e sua música?

Amaro (EJEP) e Giovani (ACORES)

Viver em grupo, ser veloz, buscar de forma incessante novidades é quase uma condição do ser jovem. Os jovens vivem em uma época na qual acontecem profundas transformações econômicas e de valores na nossa sociedade, o que afeta a sua transição para a vida de adulta. Existem muitos e diversos grupos juvenis, com características particulares e específicas, que sofrem influências multiculturais e que, de certa forma, são globalizados, além da presença que os bens de consumo possuem em suas vidas.

O Ensino Judo Esteio Poliesporte, busca ser um referencial para a nossa juventude através de projetos e ações direcionadas para ela, na agregação de referenciais de grupos saudáveis, que busca na cultura, no esporte e no lazer a mudança e a busca de uma sociedade ideal.

(Amaro Nascimento - Diretor do Ensino Judo Esteio Poliesporte).

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